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Turismo

RIBEIRA DE FRADES

Para satisfazer a sede de cultura dos seus visitantes, esta Freguesia tem para oferecer a Igreja Matriz, os Cruzeiros de santo Cristo e Santo Amaro, a Capela de Santa Ana e a Capela de Nossa Senhora da Nazaré.


A igreja Matriz é um edifício do século XVI, cujo orago e São Miguel. Pode-se, no entanto, notar várias modificações no conjunto, denotando igualmente vários estios. No chão, encontra-se uma data (1872), que se refere possivelmente a uma última reforma.

O monumento é frontaria baixa, na qual se enquadra uma porta com arcos sem impostas, cujas moldura e as dos pés direitos são idênticas. A frontaria deveria ter sido um alpendre, o que é denunciado pela presença de dois cachorros. A empresa e coroada pelo antigo campanário, de cantaria, de uma só janela, que forma um nicho. Por cima da porta e a meio, vê-se uma escultura em pedra representando São Miguel, do final do século XVII.

A Igreja é composta por uma nave principal sem transepto. A comunicação com a capela-mor faz-se através de um arco cruzeiro, chanfrado nos dois lados formando um S (esse).

O Cruzeiro, situado no largo do Rossio, levanta-se em quatro degraus, um pilar rusticado (que agora foi deslocado para a praça lateral) segurando um templete de quatro colunas dóricas, de remate piramidal. No seu interior, existe um crucifixo igualmente de pedra. Esta datado da segunda metade do século XVII (1656), sendo conhecido localmente por Santo Cristo.

A capela Nossa Senhora de Nazaré, cuja primitiva capela se reportava, em tamanho, unicamente a capela-mor. O corpo da Capela provém provavelmente do aproveitamento de um alpendre. Na capela-mor, a abóbada e simples de tijolo possivelmente do século XVII, datando também desse século o arco do cruzeiro.

O altar-mor é constituído por um pequeno retabulo de duas colunas e conchegados possivelmente do século XVIII. E decorada por pequenas esculturas da Virgem com o Menino, Santa Luzia e Santo António, todos setecentistas finais.


A primeira imagem de pedra da padroeira esta na Sacristia, é pequena e de carácter secundário, possivelmente do século XVI.

Outros locais de interesse turístico são o Parque de Merendas da Fonte dos Castanheiros e a Praça Dr. Fausto Figueiredo Vieira. Situada a cerca de 6 quilometros de Coimbra, Ribeira de Frades desce a costa de um outeiro, espraiando-se pelos terrenos planos mondeguinos. 

EVENTOS ANUAIS SÃO MARTINHO DO BISPO

Nos diferentes lugares da Freguesia realizam-se anualmente festas de cariz profanoreligioso nas quais, as populações têm participação muito activa. Cada lugar pretende que a sua festa seja superior á do lugar vizinho.


Assim, realizam-se festas em honra do Santíssimo Sacramento, em São Martinho do Bispo, nos últimos quinze dias de mês de Agosto, de Nossa Senhora dos Remédios, no Lugar de Fala, em Setembro durante oito dias, do Santo André e de Nossa Senhora da Glória em Póvoa de São Martinho do Bispo, em Setembro, durante oito dias, de Nossa Senhora da Memoria, no Lugar de Espírito Santo das Touregas, em finais de Maio ou princípio de Junho, durante oito dias, do Mártir São Sebastião, em Casas Novas, no ultimo domingo de Julho, durante oito dias, de São João, em Pé de Cão, a 24 de Junho, durante oito dias, de Nossa Senhora da Tocha, em Montessão, no primeiro domingo de Agosto, durante oito dias.

FEIRAS
Feira dos 7 e dos 23
Data - todos os dias 7 e 23 de cada mês*
Local - Bencanta 

EVENTOS ANUAIS RIBEIRA DE FRADES
Festas em honra de Nossa Senhora de Nazaré, Santa Ana e Mártir São Sebastião, que se realizam respectivamente, a 15 de Agosto, terceiro domingo de Setembro e 19 de Janeiro.

A tradição das festas em honra de Nossa Senhora da Nazaré na Ribeira de Frades nasce da visita anual dos frades Crúzios  às suas terras e terá mais de 600 anos. Naquela altura, a maior parte dos terrenos da localidade e ainda de Taveiro e do Ameal pertenciam ao Mosteiro de Santa Cruz. Os frades Crúzios vinham junto dos rendeiros no Verão para se abastecerem de legumes, cereais e outros víveres que os mantivessem durante o resto do ano, bem como recolher algumas rendas. O povo de bom grado o fazia, recebendo em troca celebrações, ensinamentos religiosos e espirituais. Terão sido estas visitas dos frades àquelas terras da margem esquerda a gerar a tradição do cortejo entre a Igreja de Santa Cruz – de onde saíam os frades e onde está, durante todo o ano, o Círio de Nossa Senhora da Nazaré – e Ribeira de Frades.

Ancestralmente, era o Superior do Mosteiro quem mandava fazer uma festa, que era orgulho e alegria de todos. Os festejos caracterizavam-se por duas vertentes, uma de doutrinação e cultura e outra, de carácter, digamos mais terrenos, traduzida pela partilha colectiva de um Bodo.

A tradição da partilha do Bodo, centralizado essencialmente na confecção de chafana, passou a realiza-se de forma sistemática, no dia 15 de Agosto (dia da Assunção). Alias a época, o espírito científico e tecnológico difundiram fortemente o estudo do dogma da Assunção, com especial relevo para a Faculdade de Teologia de Coimbra o que em muito contribuiu para a devoção da Nossa Senhora de Nazaré.

FEIRAS
Em Ribeira de Frades, organiza-se em Junho, aquando da realização do Festival de Folclore do Grupo Folclórico “Camponeses do Mondego”, uma reposição de Feira a moda antiga, que visa promover a cultura local. 

GASTRONOMIA
As pessoas do campo desta Freguesia, assim como em todo o País agrícola, comiam a que a terra dava e mais frugal possível. A base da alimentação eram as hortaliças, algum peixe, broa (raramente pão) carne de aves e porco (poucas vezes), azeite e vinhos, sem esquecer as azeitonas, e carnes de cabra, em dias de festa.

Com a imaginação própria das gentes campesinas foram criados, ao longo dos séculos, alguns saborosos pratos da cozinha regional, de que são exemplo; Canja de Galinha Arroz Pardo, Chafana, Batas Salteadas, Sopa Camponesa, Sopa Fervidas Novas e Velhas (novas confeccionadas com nabiça e na altura, enquanto que as velhas eram o aproveitamento da sopa que restava na véspera), Galinha Corada no Forno, Erguias Abafadas em Vinho Tinto, Sarrabulho, Sardinha em Escabeche, Iscas, Ervas de Molho e Peixinhos da Horta.

DOCES REGIONAIS
Fazem parte da confeitaria da região, doce de influencia e de receitas saídas dos muitos conventos da região. São eles, o celebre Arroz Doce a moda de Coimbra, Charcada das Freiras de Santa Clara, Pasteis do mesmo Convento, Manjar Branco do Convento de Celas Arrufadas de Coimbra, Barrigas de Freira, Pão de Ló, bolos de Coroa e Bolos de São Jorge.

ARTESANATO
A abundância de água é uma constante e originou a criação de salgueiros. Estes são aproveitados pelos artesãos para fazer trabalhos em vime, nomeadamente poceiros, cestos, e peças em madeira de salgueiro, rastos para tamancos, sendo vendidos aos agricultores que os utilizavam para o transporte de produtos dos campo.




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